Nem tudo tem um preço
No século XIX o filosofo e economista
escocês Adam Smith disse que: “não é da benevolência do padeiro,do açougueiro
ou do cervejeiro que eu espero que saia meu jantar, mas sim do empenho deles em
promover seu auto-interesse” Com isto, Adam Smith queria dizer que tudo,
afinal, tem um preço e que é em busca do lucro que as pessoas fazem as coisas.Mas,
será que a tese de Smith é confirmada pela realidade ou ela não passa de mera
opinião sem um fundamento solido? Na
tentativa de responder a estas questões, um jornalista de economia americano
lançou recentemente um livro cujo titulo em português é: “O preço de todas as
coisas”. Nele, o jornalista argumenta, de forma divertida, que uma observação cuidadosa
da vida moderna nos leva claramente à conclusão de que Adam Smith estava certo,
tudo realmente tem um preço. Segundo ele, na sociedade atual, regida pela
lógica do capital e do consumo, mesmo aqueles artigos, bens ou patrimônios não
materiais como a beleza, o bem estar, a tranqüilidade, a felicidade, tem um preço.
Como já dizia a sabedoria popular: “Neste mundo a gente paga para nascer, paga
para viver e no final ainda tem que pagar para morrer.”Entretanto, se é esta a
realidade, fico pensado se conseguiremos construir um mundo melhor e mais justo
para todos, uma vez que as ações altruístas como aquelas que visam o bem comum
e não apenas o de si próprio estão fora de moda. Onde estão as ações altruístas
dos homens? Será que elas existem? Praticá-las ainda hoje é possível? Me
pergunto!? Acho que uma verdadeira resposta só poderá ser encontrada quando considerarmos
as palavras e as ações daquele que segundo a Bíblia Sagrada: “Amou o mundo de
tal maneira que DEU seu filho unigênito
para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” (João
3.16) . A Bíblia diz que Deus por meio do seu filho Jesus Cristo amou o mundo
incondicionalmente. Ele o amou quando este ainda era pecador e a despeito de
sua rebeldia (Rm 5.8). O próprio Jesus é descrito como aquele que a si mesmo se
entregou por amor dos homens pecadores. O justo morrendo pelos injustos. Ele
sem pecado se fez pecado pelo mundo. (2 Cor 5.19-21). Jesus também ensinou que
o que a mão direita fizer, não o saiba a esquerda, que diferente dos ímpios que
só amam os amigos, os justos devem amar seus inimigos, que os que querem ganhar
têm que perder e que servir e não ser servido deve ser a norma de vida de quem
o segue. O apostolo Paulo ecoando o ensino de Cristo sobre a alteridade e o altruísmo
disse que melhor é dar do que receber. Portanto, ao consideramos as palavras
das Escrituras, vemos que não só ações altruístas foram praticadas, como fomos
ensinados e que esta deve ser a regra de vida dos que crêem e amam a Deus. A
questão, no entanto, é o quanto deste ensino temos praticado hoje. Será que
tudo que fazemos tem realmente um preço? (extraído do Boletim da Igreja
Presbiteriana Central de São Gonçalo do Sapucaí – Minas Gerais - BRASIL)
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