quarta-feira, 13 de março de 2019

Sedentos não saciados

Você já imaginou ficar um, dois, três ou quatro dias sem beber uma única gota de água? Qual seria a reação do seu organismo? Imagino que você ficaria, em primeiro lugar, com a boca ressecada. Depois passaria por um período de ansiedade e ávido por uma dose de líquido para aliviar as primeiras impressões. Em seguida enfrentaria um processo gradual de desidratação e suas inevitáveis consequências. Certamente seus órgãos vitais começariam a sentir a falta do precioso líquido e deixariam de funcionar. E, se o jejum de água se prolongasse, o certo é que você ou qualquer outra pessoa sob a mesma experiência iria a óbito. Trágico não? Pois bem! O exemplo imaginário acima nos leva a uma não menos trágica conclusão: muita gente se encontra nesse processo de desidratação. Como isso ocorre, então? Vou exemplificar. Jesus, em certa ocasião, teve um encontro com uma mulher samaritana à beira de um poço chamado fonte de Jacó, localizado na cidade de Sicar. Depois de uma jornada, cansado da viagem, nada melhor do que assentar-se junto à fonte para um descanso. Porém, ali chegou uma mulher samaritana para tirar água. Era o costume daquela gente abastecer-se periodicamente daquela água. Jesus iniciou um diálogo com aquela samaritana (se bem que não era costume o judeu comunicar-se com um samaritano). E disse-lhe: "Dá-me de beber". A inevitável resposta da mulher foi bem assim: "Como sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana?" O diálogo prossegue, tendo Jesus falado com a samaritana de uma água que Ele poderia lhe dar e que dela bebendo jamais teria sede. E, assim afirmou: "Quem beber desta água (do poço) tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna." De imediato, a mulher lhe pediu: "Senhor! Dá-me dessa água, para que eu não tenha mais sede, nem precise voltar aqui para tirar água." Até nesse momento a mulher não tinha compreendido de qual água o Mestre estava falando, mas, no final do encontro ela o reconheceu como Senhor e profeta. Linda história que revela importantes lições acerca da vida eterna. Muitas pessoas estão sedentas porém não conseguem ser saciadas da sua sede. E a razão é muito simples: estão a beber da água que não pode saciar. Uns bebem do precioso líquido indispensável à saúde física. E todos dele necessitamos para não nos encontrarmos na situação de desidratação referida no início deste artigo. Porém, muitos se afogam nas bebidas fermentadas não se saciando com elas, indo para as destiladas (fortes) sem se darem conta de que jamais serão saciados. Outros, como último recurso, se embriagam na mistura das duas, porém, continuam sedentos. Vivem como a samaritana da história, sempre voltando à fonte, ao poço, sem, contudo, encher-se definitivamente. Não conseguem saciar-se da sede, por isso, entram por um círculo vicioso. Enquanto isso, não dão conta de que, lentamente, estão se desidratando. Estão se privando da verdadeira água que jorra da fonte eterna. Ainda que os seus órgãos vitais já não estejam correspondendo e sinalizando a ausência da água que dá vida, muitos, preferem recorrer ao poço de Sicar, não para encontrar com Jesus, mas para manterem-se na sua rotina. Beber, beber, e nunca estar saciado. Mas, ainda hoje, a mensagem de Jesus vem de encontro aos necessitados. Ele disse: "A água que lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna". Você quer saciar-se da sua sede eternamente? Quer fazer uma experiência com Jesus, e pedir-lhe: Senhor, dá-me dessa água para que eu não tenha mais sede. Ou você prefere manter-se no ciclo vicioso de socorrer-se da fonte de Sicar e nunca se saciar? Jesus foi ao encontro da mulher samaritana (o que não era muito aceitável em se tratando de um judeu) e Ele quer ir ao seu encontro, hoje mesmo. O meu desejo é que você beba da fonte eterna para jamais ter sede. E que Deus te abençoe nesta decisão.