domingo, 22 de setembro de 2019

A bênção da provisão

“Este será sempre o lugar do meu repouso, ali residirei, porque assim Eu o desejei. Abençoarei copiosamente suas provisões e de pão saciarei seus pobres. Vestirei de salvação os seus sacerdotes, e seus fiéis a celebrarão com grande júbilo!( Salmo 132:15-16)


Como é bom levantar bem cedo e ter sobre a mesa a provisão diária que consiste no alimento tão necessário à nossa subsistência. Oh! como isso é bom! Glória a Deus por isso. Quando deitamos para descansar, dormir e reabastecer o nosso corpo com as forças tão necessárias para as tarefas do dia seguinte, podemos experimentar uma grande promessa de Deus traduzida no texto bíblico a seguir: 

É inútil que madrugueis, que tarde repouseis, que comais o pão de dores: aos seus amados ele o dá enquanto dormem.(Salmos 127:2). 

A promessa do texto acima de "abençoar as provisões e de saciar os pobres" faz parte do Salmo 132 que é um cântico de romagem. Nesse cântico o salmista descreve uma antiga promessa de Deus para o seu povo, referindo-se especificamente à Jerusalém, a cidade santa e centro de adoração de Israel. 
Revela o texto que o povo de Deus tem por si um Deus generoso, abençoador e de cuidado especial.

Retrata o texto a fidelidade desse Deus para com seu povo estabelecida na aliança que fizera na antiguidade.

De sorte que abençoaria o seu povo com abundância de mantimento e de pão fartaria os pobres.

Sem dúvida, as bênçãos de Deus tem se revelado na vida do seu povo continuamente. No entanto, nos acostumamos a elas ao ponto de deixá-las passar esquecidas.

Há um hino que diz assim no refrão: 

"Conta as bênçãos, dize quantas são, recebidas da divina mão. Vem dizê-las, dize-as de uma vez. E verás surpreso o quanto Deus já fez."

Levantar ainda bem cedo e saber que temos a provisão para o dia, sem dúvida. é uma grande bênção. E saber que enquanto dormimos o Senhor nos abençoa e nos garante a provisão do dia seguinte é algo extraordinário que somente Deus pode nos proporcionar.

Por isso, cabe-nos prostrar diante desse maravilhoso Deus que tudo pode e tudo faz em favor dos seus amados.

É necessário que desenvolvamos sempre o sentimento de gratidão muitas vezes apagados em nós. E, só assim, poderemos reconhecer as bênçãos que nos acompanham.

E que Deus nos faça assim. Pb Hely 

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Aprendendo com a Igreja Primitiva



E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum.E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.


As marcas da igreja primitiva conforme descritas no livro de Atos sugere-nos uma profunda reflexão acerca do modo como temos vivido como igreja cristã. Não é novidade para ninguém o fato de que a sociedade capitalista e consumista nos sugestiona a viver exatamente o oposto do que viveram os nossos antepassados da igreja cristã. A questão principal não é traçar longas discussões sobre o sistema capitalista e o desenfreado consumismo hoje conhecidos, mas refletir sobre algumas virtudes cristãs que marcaram os irmãos da igreja de Atos e, depois, aplicá-las no nosso convívio com os irmãos. Pois bem! De início o texto de Atos nos revela uma importante marca da igreja primitiva, a saber: PERSEVERANÇA NA DOUTRINA – Sabe-se que nos dias atuais tem preponderado uma mistura de doutrinas no meio chamado evangélico e essa mistura se torna mais perniciosa quando vinda de todos os lados, os chamados “ventos de doutrinas”. E o que vem a ser isso? São doutrinas contrárias ao legitimo ensino apostólico, vindas de todos os lados, ou seja, chegam como os ventos do norte, do sul, do leste e do oeste. Não se sabe muito bem quem as promove, mas, uma coisa é certa, chegam como ventos, se instalam no seio das igrejas e vão embora até que outra onda de ventos traga nova proposta doutrinária. Enquanto isso, a doutrina dos apóstolos fica como que em estado de hibernação ou estado letárgico. Diante das ondas doutrinárias a perseverança se constitui numa marca de importantíssimo relevo. Onde não há perseverança não há prosperidade. E só há prosperidade se houver fidelidade doutrinária. Estamos carentes da firmeza doutrinária. PERSEVERANÇA NA COMUNHÃO – A comunhão é uma das fortes marcas da igreja primitiva. A comunhão diz respeito à sintonia de sentimentos, de modo de pensar, agir ou sentir. A comunhão está intimamente ligada à identidade, ou seja, o modo pelo qual somo identificados. Houve um momento que, pela primeira vez, os discípulos foram chamados de cristãos, dada a sua identificação com a mensagem cristocêntrica. A comunhão se traduz, ainda, como a comunidade religiosa em torno de uma mesma fé. Perseverar na comunhão: eis a marca indispensável à igreja cristã. E como estamos longe dela. Muitas vezes os interesses pessoais sobrepõem os interesses da igreja. PERSEVERANÇA NO PARTIR DO PÃO - O pão é um dos alimentos mais primitivos que conhecemos. O pão é um extraordinário alimento para os ricos e abastados, mas, também, para os pobres e desalentados. No partir do pão se revela a igualdade entre as pessoas. Jesus, quando alimentou as multidões, utilizou desse extraordinário elemento, o pão.  Na Ceia do Senhor, também, Cristo utilizou desse elemento tão conhecido para unir os seus discípulos em torno do seu ministério, parafraseando o mistério do seu corpo partido em favor de muitos. Ao partir o pão exclamou Jesus: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós”. O partir do pão, além de revelar o ato da celebração do sacramento (eucaristia), pressupõe, ainda, a distribuição cotidiana do mínimo necessário à sobrevivência, ou seja, o pão é comido ou ingerido continuamente, no dia-a-dia. É diariamente que se fortalece a comunhão. É no partir do pão que se alimenta a comunhão. Perseverar no partir do pão, portanto, é a grande necessidade da igreja nos dias atuais. PERSEVERANÇA NAS ORAÇÕES – A oração é um meio de graça. Temos outros, mas, o foco agora é a oração. Esta é o meio pelo qual o cristão cultiva vivo relacionamento com Deus.  A oração é indispensável à vida do crente. Faz parte da sua devoção pessoal. Uma das mais significativas marcas da igreja primitiva foi a perseverança na oração. Quem se relaciona bem com Deus, se relaciona bem com o irmão. E, ao se desenvolver um intenso relacionamento com Deus, se desenvolve, também, uma virtude interna denominada AMOR. Afinal, Deus é amor. Não foi em vão que o Apóstolo João na sua primeira carta, capítulo 4, verso 20, assim expressou: Se alguém disser: Amo a Deus, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê.
Finalmente o texto nos traz à luz outra marca da igreja primitiva. TEMOR – O temor é um sentimento de alma. O texto de Atos diz que “em cada alma havia temor”. É certo que esse temor a que se refere o texto é um temor reverencial, isento de medo, livre de coação. Devemos temor a Deus não pelo poder que se concentra em sua pessoa, mas em razão do grande AMOR que ele dispensou a nós ao enviar seu filho Jesus para nos redimir das mazelas do pecado. A igreja deve viver assim. Amando uns aos outros no temor do Senhor. Atos 2: 42 -47 nos revela o quanto estamos longe da prática do verdadeiro cristianismo. O quanto somos egoístas e individualistas. Revela-nos que devemos dobrar os joelhos em oração para encontrar forças e, assim, vivermos uma igreja com todas essas extraordinárias marcas. E que Deus tenha misericórdia de nós. Pb. Hely



quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Tempos terríveis


2 Timóteo
1 Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis.
2 Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios,
3 sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem,
4 traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus,
5 tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes.

Ontem (18/09/2019) tive a oportunidade de assistir a um programa na televisão linha investigativo. A reportagem e investigação aconteceram em algumas áreas da Amazônia, mais propriamente na região do Pará e Rondônia. Os flagrantes foram tristes. Fazendeiros e seus peões, representantes de associações de produtores, advogado, caminhoneiros e outros mais, todos, empenhados na mesma tarefa: LUCRO, DINHEIRO e, para alguns, a sobrevivência. Para isso, utilizavam expedientes não recomendáveis, até ilícitos, uma vez que promoviam a exploração ilegal da madeira e as queimadas.
Pois bem! A cidade de Anápolis, em Goiás, por sua vez, amanheceu tomada por forte nuvem de fumaça em decorrência de uma queimada resultante da ação humana, possivelmente criminosa, numa área urbana.
Notícias tais nos deixam tristes e com pouco ânimo em acreditar no ser humano como elemento de transformação. Aliás, se há transformação, essa tem se dado de forma negativa.
Mas isso não é novidade. Vejam que o texto bíblico acima, extraído da carta de Paulo a Timóteo diz que viriam dias terríveis. Homens egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, ingratos, ímpios, caluniadores e inimigos do bem, se apresentariam disfarçados e sob a aparência de piedade. Muitos sequer se disfarçam, pois são de fato amantes de toda sorte de impiedade.
Muito mais encontramos motivos para estarmos tristes é saber que a família, a escola e até mesmo a igreja tem sofrido desse mal. Ou seja, essas instituições já se encontram contaminadas pelas ações ímpias de homens e mulheres que se enquadram entre os tais descritos pelo apóstolo Paulo.
A ganância, a inveja, a infâmia, a arrogância e o desamor têm sido os pecados mais frequentes nesses meios. E muitas vezes não percebemos que o próprio Jesus condenou duramente esse estado de vida hipócrita e de aparência que perseguem até mesmo aqueles que já foram esclarecidos e iluminados pela Palavra de Deus, as Sagradas Escrituras.
Se, por um lado, homens maus dizimam as nossas reservas ambientais com o objetivo de alcançar o LUCRO conforme notícias recentes veiculadas na mídia, outros têm dizimado as nossas reservas morais e espirituais. Têm maculado os princípios mais elementares da fé cristã. O amor e o apego às coisas passageiras desse mundo tem tomado o lugar do apreço, da consideração e da valorização do ser humano. O que importa é o lucro, seja ele traduzido de uma ou outra forma. Por isso, cabe-nos uma reflexão sincera e obediente à Palavra de Deus tendo em vista às correções que necessitamos fazer no nosso procedimento como cristãos salvos e redimidos. E que Deus tenha misericórdia de nós. Pb Hely





segunda-feira, 16 de setembro de 2019

O sofrer por Cristo


O Livro de Atos, no seu capítulo 14, registra um fato triste, mas de muito significado. Trata-se de mais um episódio na vida do apóstolo Paulo.  
Como já sabemos, Paulo desenvolveu seu apostolado com muitas dificuldades, porém, com muita eficiência. Desde o início do seu ministério, depois de converso na estrada de Damasco, Paulo enfrentou as mais variadas oposições, começando pela rejeição do seu apostolado. 
Ora, até certo ponto, razões existiram para isso.
Vejam que um homem que gastou grande parte da sua vida perseguindo os cristãos, agora, se apresenta como apóstolo dos gentios.  Assim, em determinado momento, ele mesmo se declarou “um nascido fora do tempo”. Não teve ele o privilégio de compor a mesa dos apóstolos e nem lhe foi dado caminhar com o Mestre e desfrutar dos seus maravilhosos ensinos.
Na primeira carta aos Coríntios, 9:1 e 2, por exemplo, ele saiu em defesa do seu ministério apostólico, senão vejamos:

“Não sou eu, porventura, livre? Não sou apóstolo? Não vi Jesus, nosso Senhor? Acaso, não sois fruto do meu trabalho no Senhor? Se não sou apóstolo para outrem, certamente, o sou para vós outros; porque vós sois o selo do meu apostolado no Senhor”.

Reafirmando as oposições, vejam que em Atos está o registro do apedrejamento de Paulo. Isso mesmo, Paulo foi apedrejado com todos os requintes cruéis.Capítulo 14:19 e 20: 

“ Sobrevieram, porém, judeus de Antioquia e Icônio e, instigando as multidões e apedrejando a Paulo, arrastaram-no para fora da cidade, dando-o por morto.”

Pois bem! A defesa da fé cristã nos reserva momentos de muitas dificuldades. De maneira que se enganam aqueles que pensam ser a vida cristã um “mar de rosas”; ou um “paraíso”.  Jesus não nos prometeu facilidades. Antes, ele mesmo disse que passaríamos por aflições e que deveríamos manter o bom ânimo sabendo que, com ele, alcançaríamos a vitória. Afinal, ele, também, sofreu e venceu.
A vida cristã é assim. A história do cristianismo nos revela que em todos os tempos existiram os agitadores e instigadores de multidões. Com Paulo foi assim. Judeus de Antioquia e Icônio instigaram as multidões para apedrejarem a Paulo. Jesus, também, diante de Pilatos, ouviu das multidões: “crucifica-o, crucifica-o”.
E, assim aconteceu.
As perguntas que ficam para todos nós são as seguintes: o quanto temos sofrido pelo evangelho e por defender a fé cristã?  Quem são os nossos opositores? Temos batalhado diligentemente em defesa da fé cristã?
Jesus e Paulo não hesitaram dando-nos o exemplo.
Pensemos nisso.

sábado, 7 de setembro de 2019

A Pena de Ouro




Oficialmente, a abolição da escravatura se deu em 13 de maio de 1888, quando da assinatura da Lei Áurea pela princesa Isabel, então regente do império, em nome de seu pai, o imperador D. Pedro II.
Para a assinatura dessa lei, foi confeccionada especial pena de ouro de 18 quilates, 27 diamantes e 28 pedras vermelhas, com 22 centímetros de comprimento e 13 gramas de peso.

Vejam que as penas de ouro foram por muito tempo usadas para assinar importantes documentos. Outras penas existiram, não de ouro, para assinatura de papeis e documentos menos importantes. Eram elas imergidas em um vidro de tinta e depois manuseadas para as assinaturas de papéis.

Diante das informações acima, lembrei-me de um cântico muito entoado nos meios evangélicos, que pude aprender desde menino. Diz assim:

“Com pena de ouro escrito está, escrito está, escrito está.
Com pena de ouro escrito está, meu nome lá no céu.
Lá no céu, meu nome escrito está,
Lá no céu, meu nome escrito está.”

O Apocalipse de João faz referência a um livro denominado “Livro da Vida”.  Segundo a visão de João, 
“se abriram livros. Ainda outro livro. O livro da vida. E os mortos foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. E, se alguém não foi achado no livro da vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.”

Ainda, fala-se de uma Nova Jerusalém.

“Nela, jamais penetrará cousa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no livro da vida do Cordeiro.”

Pois bem! a Bíblia fala-nos desse livro e  o faz de forma figurada. E, pela grandeza e importância das inscrições nele contidas, presume-se que a pena utilizada nas inscrições é de ouro. Daí, o autor sacro compor cântico afirmando estar escrito com pena de ouro seu nome lá no céu.

Figurada ou não a expressão, desafio você a pensar na letra do referido cântico para uma sincera averiguação pessoal e, ao final, responder: estaria seu nome inscrito lá no céu?

A resposta é muito pessoal mas deverá estar consolidada a partir das informações do texto apocalíptico. O texto diz que jamais penetrará no céu cousa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira.

E, nestes dias, a contaminação do mundo, coisas abomináveis ao Senhor e a mentira são atrativos que perseguem até mesmo os eleitos de Deus. Por isso que o apóstolo Paulo adverte os que se encontram de pé e firmes no Senhor para que não venham a cair nas ciladas de Satanás, o inimigo de Deus e dos seus eleitos.

Falar sobre a Nova Jerusalém é motivo de alegria para todos quantos creem em o nome de Jesus. E saber que o seu nome está escrito ou inscrito no Livro da Vida é algo esplendoroso.

Nesse caso, a inscrição exige pena de ouro dada a importância do fato de Deus se regozijar com o pecador arrependido que se rende a ele. A pena de ouro nos remete à conclusão de que uma vez inscrito no livro da vida, inscrito está para sempre. 

"Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos séculos." 

"Bem-aventurados aquele que guarda as palavras da profecia deste livro"

E que Deus tenha misericórdia de nós. Pb. Hely