domingo, 24 de maio de 2020

Justificação e Paz





 Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. (Rm 5:1)


Define-se a justificação como sendo um ato judicial de Deus em favor do homem pecador. Com base na justiça de Cristo, as leis e suas exigências são satisfeitas, de modo que o homem tem a sua posição e o seu estado diante de Deus mudados.Em outras palavras, a justificação é obra singular, de natureza declaratória, bem diferente da regeneração, da conversão e da santificação. A justificação se dá uma vez por todas, não se repete e não constitui um processo a exemplo da santificação. É cabal, completa. É plena.Em assim sendo, a justificação reverbera ou irradia na vida do homem alguns benefícios, dentre eles, a paz. Paz com Deus: O versículo acima transcrito, conclui que a justificação, mediante a fé, produz paz com Deus. Isso se dá em razão de algo extraordinariamente providencial, a remoção da culpa do pecado. Onde há pecado há culpa e onde há culpa não há paz. E, sobre esse estado interior denominado paz, necessário, aqui,uma distinção: A paz decorrente da justificação não é a paz que o mundo conhece. Não é a paz ordinária e tão propalada decorrente de acordos e pactos entre as nações. Essa, é transitória e obsoleta, eis que, quebrados os acordos e o pactos, logo é transformada em guerras, contendas e disputas. Exemplos práticos são o acordos políticos onde candidatos se unem em torno das eleições, se apoiam mutuamente, mas, logo, se acham em oposição. A paz, a verdadeira paz decorrente da justificação não induz a remoção da possibilidade de pecar, mas, certeza do perdão e remoção da culpa deste decorrente. A verdadeira paz é restauradora dos direitos filiais e certeza da herança eterna prometida aos salvos por Cristo. A paz decorrente da justificação em Cristo Jesus excede todo entendimento, conforme registro do apóstolo Paulo em Filipenses:
 "E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus"(Fil 4.7) .
A paz que só Cristo dá, irradia para o estado de paz que o homem experimenta consigo mesmo e com os outros. Segundo o ensino esposado na Confissão de Fé de Westminster, cap. XI, V,
"Deus continua a perdoar os pecados dos que são justificados. Embora eles nunca poderão cair do estado de justificação, poderão, contudo, por seus pecados, incorrer no paternal desagrado de Deus, e ficar privados da luz de sua graça, até que se humilhem, confessem os seus pecados, peçam perdão e renovem a sua fé e o seu arrependimento."
Concluo afirmando que essa paz proveniente do amor incondicional de Deus, revelada em Cristo Jesus, aplicada na vida dos justificados e salvos pela obra meritória de Jesus na cruz do calvário, pode ser perceptível a todo que crê. Não é uma paz ilusória, passageira e imperceptível. É real, pois Cristo é Real. A verdadeira paz não depende das circunstâncias. Até sugiro a você ouvir uma música que muito aprecio,que diz assim,na sua primeira estrofe e refrão:
"Esta paz que sinto em minh'alma,

Não é porque tudo em mim vai bem; 
Esta paz que sinto em minh'alma,
É porque eu amo ao meu Senhor.
Não olho circunstâncias,(Não, não, não)
Olho seu amor (seu grande amor)
Não me guio por vistas, Alegre estou."

O autor dessa música foi muito feliz ao afirmar que a paz de alma não procede de circunstâncias favoráveis e sim do amor de Deus revelado em Cristo Jesus. Isso é bíblico.

Você crê nisso?

E que Deus lhe conceda essa paz. 

Pb. Hely
 




quinta-feira, 14 de maio de 2020

O Crepúsculo: Filhinhos não Pequeis

O Crepúsculo: Filhinhos não Pequeis: O apóstolo João, segundo o texto bíblico registrado na sua 1ª carta, capítulo 2, versos 1 a 6, fala-nos de uma forma bem paternal, dirigin...

Filhinhos, não Pequeis


O apóstolo João, segundo o texto bíblico registrado na sua 1ª carta, capítulo 2, versos 1 a 6, fala-nos de uma forma bem paternal, dirigindo-nos como que dirigindo a filhos.
E João trata de um tema extremamente importante que muitos têm subestimado “o pecado”.
No capítulo 1 da mesma carta, João descreve Deus como sendo “Luz” e afirma, ainda, não haver nEle, treva alguma. 
E, em seguida, ele trata do pecado, da confissão, do perdão e da propiciação. 
Uma afirmação severa de João está no verso 6, do capítulo 1, que diz:
“se dissermos que mantemos comunhão com ele e andamos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade”.
Ora, essa afirmação nos leva a refletir sobre a impossibilidade de comunhão entre aquele que está na luz e o que anda nas trevas. 
Afinal, Deus é luz e não compactua com as obras das trevas. 
Mas João faz ainda uma distinção entre “a possibilidade de pecar” e o “andar nas trevas”, pelo que podemos concluir o seguinte: ainda que salvos e redimidos pelo Cordeiro Santo, estamos sujeitos ao pecado. E, é por isso que temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, para interceder por nós.
Ele é a propiciação pelos nossos pecados, contudo, é necessário que exercitemos constantemente a prática da confissão, rogando a Deus o perdão para que tenhamos a completa alegria no Senhor. 
O pecado nos afasta da comunhão e produz em nós tristeza e culpa. Porém, o pecado confessado resulta no restabelecimento da comunhão com Deus e conseqüentemente produz alegria no coração do penitente. 
Se conhecemos a Jesus, o Verbo da Vida, naturalmente devemos guardar os seus mandamentos. E, se guardamos os seus mandamentos e sua Palavra, temos aperfeiçoado o amor de Deus em nós. 
Pecar, portanto, é possível, o que exige confissão e perdão. Andar nas trevas, porém, é estar fora da comunhão e deixar de praticar a verdade. 
Ressaltamos, portanto o seguinte: 
1. Devemos considerar a possibilidade de pecar; 
2. Devemos considerar que o pecado nos afasta da comunhão; 
3. Devemos entender que é necessária a confissão de pecados;
4. Devemos reconhecer que temos advogado que intercede por nós junto ao Pai; 
5. E, finalmente, podemos dizer: é possível gozar da alegria completa na presença e comunhão do Senhor. 
Você crê nisso? 
E que Deus te abençoe. 
Que Deus abençoe a todos nós.
Pb. Hely