quinta-feira, 11 de maio de 2017

Sepulcros Caiados


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No devocionário "Pão Diário", volume 20, encontrei uma interessante reflexão sobre o tema: "Apenas para aparecer". A reflexão informa acerca da crescente procura por livros antigos, cujas capas de couro envelhecidas chamam mais a atenção do que o seu conteúdo. 

Na verdade as pessoas procuram tais livros em razão da sua beleza de encadernação e não pela importância de seus conteúdos, daí "os designers de interior os comprarem para criar uma atmosfera antiga e acolhedora nos lares de clientes ricos". A reflexão pessoal que fiz, a partir do texto devocional,  aponta para o fato da perigosa e falsa aparência que tanto devemos rejeitar. Aliás, ostentar aparência é falsa ilusão; é condição muito comum nos nossos dias. Pessoas e mais pessoas, na busca de reconhecimento pessoal e aceitação de grupo, determinam viver de modo a agradarem pessoas e não a si mesmas. E nem é preciso ser um especialista em comportamentos para se chegar à conclusão de que cedo ou tarde os que assim procedem cairão do seu pedestal de ilusão para amargarem profunda decepção. Há também aqueles que, para manterem suas posições de homens e mulheres de "sucesso", caem em ciladas. Vejam os exemplos nacionais de homens e mulheres que, até pouco tempo, estavam no topo da elite brasileira e, agora, entraram pelos ralos dos porões dos cárceres. Por fora, aparente honradez e sucesso. Aceitação popular e prestígio não lhes faltaram mas não souberam disfarçar o que lhes corrompia por dentro. Agora, decaídos,  ainda assim, tentam dissimular  honestidade e integridade quando, na verdade, são "sepulcros caiados"

E, sobre isso, as Escrituras já advertiram: 

"Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade."

Somos chamados para uma vida autêntica e não aparente. Diferentemente dos sepulcros caiados que por fora aparentam cuidado e formosura, mas interiormente estão cheios de imundícia, devemos ser reconhecidos pelo que provém do nosso interior. 

Não devemos ser vistos pela nossa aparência, simplesmente, mas pelo que fazemos ou deixamos de fazer. Pelas palavras e gestos que edifiquem a nós mesmos e ao nosso próximo. Devemos ser reconhecidos pela medida do amor de Deus que está em nós e pela resposta que temos dado a este tão grande amor. Pelas nossas atitudes em favor do próximo é que devemos ser notados e nunca pela forma que o julgamos ou o subjugamos. Enquanto nos diminuímos, Cristo cresce em nós. E que Deus tenha misericórdia de nós! 
Pb. Hely





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