segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Saudosas Lembranças



Ah! Saudosas lembranças. Lembranças do passado que me fazem refletir o presente. Como eram as coisas, como são agora e como poderão ser no futuro. Lembro-me como eram os relacionamentos: pais severos, filhos obedientes. Quando o adulto estava em conversa com um visitante as crianças não tinham a liberdade de atravessar as conversas. Um simples olhar do pai ou da mãe era sinal de reprovação de conduta. O respeito pelos mais velhos era assim: ao deitar e ao levantar, tomava-se a bênção dos pais. Em contato com um adulto, amigo da família ou parente, de igual forma, pedia-se a bênção. Nada de algazarra diante das visitas. Caso acontecesse, a reprimenda era certa. Meu pai não nos permitia o uso de palavras feias e nem nos dava a chance de xingar quem quer se fosse. Brincávamos muito e até brigávamos mas cultivávamos o respeito. Isso se reflete até hoje em nossas vidas em família. Quanto ao respeito a Deus, fomos ensinados que a Bíblia é a verdade. É a Palavra de Deus. Por isso, quando meu pai abria a Bíblia para sua leitura devocional, jamais poderíamos interrompê-lo. Minha mãe era vigilante quanto a isso. Por vezes nos alertava: "seu pai está lendo a Bíblia" o que, prontamente, era entendido que não podíamos fazer barulho. Afinal, ler a Bíblia era algo muito importante que ensejava muito respeito e temor diante de Deus. Na igreja sentávamos todos juntos. Até dormíamos, mas nunca nos era permitido andar ou passear pelos corredores ou dependências da igreja durante os cultos. Quanto aos estudos, ensinados fomos da sua importância para a vida. Vaguear pelas ruas em troca da frequência à escola, jamais. Deixar de cumprir com as tarefas escolares, jamais. Só depois das obrigações cumpridas é que nos era permitido o lazer. Quanto ao trabalho, fomos ensinados: "o trabalho dignifica o homem". Crianças com 10 a 12 anos já podiam trabalhar em alguma tarefa própria à sua idade, com prioridade nos estudos. Adolescência: Muito se fala em crise de adolescência, porém, não conhecíamos tal crise. Aliás, esse mal não atingiu a nossa geração, com raríssimas exceções. Éramos felizes sem os tais: vídeo-games, celulares,  computadores e internet. Brinquedos, nós mesmos os produzíamos. Não nos faltava criatividade nas brincadeiras com as pipas(raias), peões, bolinhas de gude, futebol nos lotes e áreas baldias, salve-cadeia, paredões, finca, bete, etc. Naquele tempo não se via falar de adolescente botando fogo em índio ou indigente; adolescentes matando os próprios pais; adolescentes no tráfico de drogas (raramente); torcidas de futebol se digladiando. Tudo isso faz parte do tempo presente. Daí a reflexão: o que mudou para que tudo isso pudesse mudar? Redundante, não? É isso mesmo, de propósito, quero a redundância de palavras. Pense comigo: assim era, veja como está, mas como ficará para o futuro? Enquanto buscamos a resposta, ficam as SAUDOSAS LEMBRANÇAS! Pb. Hely
Nota: se você tem saudosas lembranças, compartilhe comigo

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