sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Raizes da Violência

Nunca se falou tanto em violência como nos nossos dias. Assistimos à crescente onda de violência em todos os meios de comunicação, como se isso fosse algo natural. Aliás, a violência noticiada todos os dias já se tornou um meio de se obter altos faturamentos. Os meios de comunicação fazem desta triste realidade motivo de alcançarem pontos e mais pontos na audiência de seus ouvintes ou telespectadores. Mas a raiz da violência é bem mais antiga. A análise da violência, sob a ótica do ensino das Escrituras Sagradas, estará seguindo princípios excelentes, pois a Escritura traça o verdadeiro perfil do homem, descrito pelo Criador. A Bíblia informa que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, no entanto, o homem pecou. Assim, a violência surgiu com a primeira desobediência - pecado, ou seja, o homem violentou a ordem original do Criador. A raiz da violência, portanto, está na queda do homem. Mas as razões da violência está centrada: 1) Na falta de religião. A irreligiosidade resulta na falta de temor a Deus. E, se falta o temor a Deus, falta, também, consideração para com o próximo. O Ensino revelado de Deus nas Escrituras diz que "o temor a Deus é o princípio da sabedoria". Feliz é o homem que teme a Deus. Se toda a sociedade cultivasse esse princípio, certamente, não teríamos tanta violência assim. 2) Ilegalidade ou frouxidão das leis. Num país onde não há leis, e quando estas existem, se mostram inexequíveis diante dos aparelhos e órgãos do judiciário, facilmente, prevalecerá a força. Na verdade temos muitas leis que visam a repreensão da violência, no entanto, não estamos devidamente aparelhados para executar as penas impostas aos infratores da lei e, o que é pior, não temos políticas eficazes de combate e prevenção da violência. Não temos assistência às famílias vitimadas pela violência, não temos programas de recuperação de menores infratores, etc. Até podemos encontrar pessoas bem intencionadas e projetos legalmente aprovados para atender a todos estes anseios, no entanto, não alcançam as expectativas da sociedade. As pessoas de bem, por sua vez, não sabem o que fazer. No salmo 11:3, o salmista assim expressa: "Destruidos os fundamentos, que poderá fazer o justo? 3) Impunidade.  Outro fator estimulador da violência está ligado a uma questão muito séria chamada "impunidade". Estamos assistindo repetidos exemplos de impunidade neste país. Na verdade, as pessoas que transgridem as leis estão sendo punidas, porém, vemos que os centros penitenciários do país estão abarrotados com uma população carcerária composta de: pessoas pobres, marginalizados e excluídos da sociedade. Não se encontra encarcerado nenhum "figurão" da chamada "alta sociedade" que muitas vezes tem praticado crimes, potencialmente muito mais expressivos do que aqueles outros praticados por pessoas simples e marginalizadas. Há uma gritante desigualdade no tratamento de um infrator "influente e nobre" e o infrator "anônimo e pobre". Aquele, com seus recursos financeiros e sua influência, consegue grandes defesas nos processos contra si abertos. A estes outros, não lhes cabe senão aguardar o pronunciamento judicial e cumprir a pena que lhes for imposta. E duras penas!. Não que estes não as mereça, é bem verdade, mas que pelo menos lhes seja dado tratamento em igualdade com aqueles outros. O resultado de tudo isso é que a sociedade cada dia mais acena para o descrédito nas instituições, na liderança política, nos governantes. Finalmente, temos um último, porém, não menos importante, fator que desencadeia a violência, a saber: 4) O materialismo. O materialismo é um apego desenfreado às coisas materiais. O lucro a qualquer custo, a exploração da miséria, o enriquecimento ilícito, o jogo, o roubo e toda sorte de falcatruas e tipos de corrupção, tudo isso, está a serviço do materialismo. Vemos com muita tristeza os meios de comunicação veiculando programas que exploram a sensualidade e até mesmo programas pornográficos, em horários chamados "nobres" tudo com vista o maior índice de audiência que, no final, resulta em altas somas de dinheiro. E o povo vai assimilando tudo isso. A população "televisiva" não passa de "massa-de-manobra", consumidores automatizados, a encher o "saco da ambição" desenfreada dos "donos" dos canais de televisão. Digo "donos" mas na verdade não são donos e tão somente permissionários da comunicação. Os canais pertencem ao poder público e, portanto, pertencem ao povo. Mas são eles que lucram em cima da massa televisiva. Desanimados? Existe solução? Creio que não podemos desanimar. O Evangelho é a única solução. Creio que você e eu podemos iniciar em nossa casa. De que modo? Evangelizando os nossos filhos e netos. Incutindo neles o perigo de se transformarem em mais um elemento dessa imensa "massa-de-manobra" cabresteada pelos meios de comunicação que estão a serviço do capitalismo selvagem propagador do materialismo e do consumismo. Você pode incutir nos seus filhos e netos: o sentimento de temor a Deus sobre todas as coisas, o amor ao próximo, a valorização do "ser" em detrimento do "ter". Assim, estaremos influenciando as novas gerações. E que Deus tenha misericórdia de nós. Pb. Hely

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