“E perguntou-lhe um certo homem de
posição, dizendo: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna?
Jesus lhe disse: Por
que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus.
Sabes os mandamentos:
Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra a
teu pai e a tua mãe.
E disse ele: Todas
essas coisas tenho observado desde a minha mocidade.
E quando Jesus ouviu
isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; vende tudo quanto tens, reparte-o entre
os pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me.
Mas, ouvindo ele
isto, ficou muito triste, porque era muito rico.”
Lucas 18:18-23
A história desse encontro de Jesus com um jovem rico e de
posição na sociedade, é bastante ilustrativa e nos traz muitos ensinos. A
partir da pergunta feita a Jesus: “que farei para herdar a vida eterna?” podemos
notar, logo de início, um grave equívoco da parte do jovem rico. O equívoco de
pensar que poderia ele fazer alguma coisa ou praticar alguma ação que o levasse
à condição de herdar a vida eterna. Em última análise, podemos chamar a isso de
meritocracia, ou seja, ganhar a vida eterna pelos méritos próprios. Mas a bíblia,
palavra de Deus, nos ensina que a salvação do homem pecador está fundamentada nos
méritos de Cristo Jesus. Foi na cruz que Jesus pagou o preço para que pudéssemos
alcançar a salvação. Na cruz, aquele que não pecou morreu em razão dos nossos
pecados. Desta forma, não cabe sequer a mínima presunção de podermos fazer
alguma coisa em nosso próprio favor para alcançarmos a vida eterna. Uma outra
lição que podemos extrair desse diálogo de Jesus e o jovem rico é que o orgulho
e o amor às riquezas podem nos prejudicar nessa relação com Deus. Jesus foi
pontual ao tocar no orgulho do jovem que o questionou. Vejam que o jovem se
gabou de cumprir todos os mandamentos ao afirmar: “tudo isso tenho observado
desde a minha juventude”, ao que Jesus disse: “uma coisa de basta”. “Vende os
seus bens, distribua aos pobres; depois vem e segue-me”. Aqui está o cerne da questão:
o jovem ao ouvir tais palavras ficou muito triste porque era riquíssimo.
Possivelmente seu coração e a sua confiança estavam nos bens materiais que possuía
e na posição social que ostentava. Vejam meus queridos que temos hoje um
desafio: somos desafiados a despirmos do nosso orgulho e da nossa presunção de
mérito e assim possamos confiar sempre no poder da obra redentora de Cristo.
Ele, sim, nos redimiu do pecado. Nele, sim somos salvos. Somos desafiados ainda
a não perdermos de vista a verdade de que os bens materiais são transitórios e
neles não podemos colocar o nosso coração. Creia em Jesus e obterás a vida
eterna. O que temos ou possuímos não devem servir de obstáculo para crermos nessa
verdade. E que Deus nos abençoe.