“E Jesus, vendo
em torno de si uma grande multidão, ordenou que passassem para o outro lado; E aproximando-se dele um escriba, disse-lhe:
Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. E disse Jesus: As raposas têm
seus covis, e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde
reclinar a cabeça.” Mt 8:18-20
Meus prezados amigos e irmãos em Cristo, estamos diante de um texto do
Evangelho de Mateus que merece uma intensa reflexão. O evangelista descreve uma
situação na qual Jesus põe à prova alguns dos que queriam segui-lo. Vejam que
Jesus se viu rodeado de grande multidão e propôs que passassem para o outro
lado do mar. Mas, aproximando-se dele um escriba, este propôs segui-lo dizendo:
“Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei.” Esse escriba foi apressado em
prometer seguir a Jesus. Talvez, com intenções escusas, tomado por súbita
convicção, determinado por princípio mundano e cobiçoso, declarou sua intenção
de seguir a Jesus. Jesus, no entanto, conhecendo o seu coração, logo replicou: “As
raposas tem os seus covis, e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do Homem
não tem onde reclinar a cabeça. Esse fato se repete ainda hoje, haja visto que
muitos se propõem seguir a Cristo sem o devido cuidado que o verdadeiro
discípulo deve observar. O verdadeiro discípulo deve estar obstinado a abrir
mão dos seus interesses pessoais, quando estes colidirem com a essência do verdadeiro
discipulado, sabendo que o Reino de Cristo não é deste mundo. E seguir a Cristo
envolve renúncia de muitos prazeres deste mundo. Portanto, a decisão de seguir
a Cristo deve ser sincera e isenta de quaisquer outras intenções impuras e
cobiçosas, afinal, Cristo não nos promete bens ou riquezas, mas uma vida simples
e plena de graça. A ordem de Jesus é: “Segue-me”. Segue-me e não deixe que as
necessidades secundárias desta vida roubem o seu tempo e apague o seu desejo de
se tornar um verdadeiro discípulo de Cristo. Seu chamado é eficaz, porém, a sua
prova é dura e todo aquele que olha para trás não é digno de ser chamado
seguidor de Jesus. Reflitamos, portanto, sobre a nossa condição e respondamos
sinceramente: somos seguidores de Cristo sinceros e resolutos? Seguimos a Jesus
desprovidos de interesses pessoais e estamos prontos a abandonar tudo quanto
possa nos impedir de viver uma vida de comprometimento com Deus e sua Obra?
Pense nisso e que Deus te abençoe.
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