quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Contentamento e confiança

 

“Todavia, fizeste bem,

associando-vos na minha tribulação.” Fp 4.14 

 

Quando lemos a Epístola de Paulo dirigida aos crentes da igreja  de Filipos, podemos notar que há uma elevada  disposição daqueles irmãos de cooperação no ministério do apóstolo.

Assim é que o próprio apóstolo, no verso 10 do capitulo 4, diz: 

Alegrei-me sobremaneira no Senhor porque, agora, uma vez mais, renovaste a meu favor o vosso cuidado; o qual também já tínheis antes, mas vos faltava oportunidade.” 

E, no verso 16: 

“Porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as minhas necessidades.” 

Paulo, por sua vez, nutria intenso sentimento de gratidão pela generosidade daqueles irmãos, ao ponto de dedicar parte da sua epístola na expressão desse seu sentimento de gratidão.

Isso é muito importante do ponto de vista de um bom exemplo a ser seguido: o nutrir sentimento de gratidão. 

Mas a principal lição que podemos tirar dessa situação não reside na gratidão que Paulo nutria em relação à igreja de Filipos pela generosidade com que tratava o apóstolo. Ressurge, das letras do verso 10, a paz interior  experimentada pelo apóstolo. A paz divina inundava o seu coração de modo a produzir alguns resultados que somente Deus pode proporcionar:

1. Longe toda e qualquer ansiedade quanto ao que vestir e comer. É Paulo que diz, no verso 11:   

“aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.” 

Portanto, ter mais, ou menos, não poderia influenciar no seu contentamento, na sua alegria de viver. 

E mais, Paulo afirma: 

 “tanto sei estar humilhado, como também ser honrado.” 

2. Desenvolvimento do sentimento de ação de graças. Conforme já dito, Paulo nutria um legítimo e real sentimento de gratidão. Tal predicado não raras vezes falta a muitos, especialmente quando se aflora, no lugar da gratidão, o sentimento do egoísmo. O egoísta pouco sabe agradecer. 

3. Contentamento real diante das circunstâncias. Paulo já tinha experiência de viver na fartura e também na pobreza. Contudo, pela ação poderosa de Deus, o apóstolo aprendeu a enfrentar as situações adversas sem resmungar, sem blasfemar, sem suscitar dúvida quanto ao seu chamado e ministério. Nossa vida não está reduzida a apenas momentos favoráveis, mas, também, momentos de tribulação. E nesses momentos de tribulação é que aferimos o nosso grau de contentamento, de suportar o sofrimento e medimos a nossa fé. 

4. Confiança no poder de Deus. Quando Paulo afirma: 

“tudo posso naquele que me fortalece”, 

ele nos ensina a mais bela e preciosa de toas  as lições: tudo o que temos e podemos fazer, vem de Deus. É Deus que nos dá as condições de vida; é Deus que nos cura das ansiedades e nos fortalece nos mementos de adversidade; é Deus que nos prepara para os desafios diários; é Deus que nos concede dons e talentos e nos prepara para o exercício ministerial. 

Para terminar, penso que temos um grande desafio pela frente. E esse desafio não é a luta pela sobrevivência ou  pela manutenção da saúde ou, ainda, pela saúde financeira. Com tudo isso Paulo já nos ensinou a lidar. No verso 19 o apóstolo de forma colossal assim expressa:   

“E o meu Deus, segundo a sua riqueza em glória,

há de suprir em Cristo Jesus, cada uma de vossas necessidades.” 

O grande desafio é saber se cremos, de fato e de verdade, nessa promessa. Se confiamos firmemente no Deus da providência. 

O desafio é orar sinceramente a mesma oração que Paulo orou:  

“Ora, a nosso Deus e Pai seja a glória

 pelos séculos dos séculos. Amém”. 

E que Deus te abençoe e nos abençoe.

Pb Hely

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