quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Não sejais cúmplices

O texto básico da meditação de hoje está registrado na Carta de Paulo aos Efésios, capítulo 5, verso 11 , ipsis litteris: 

"E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as".

O versículo está advertindo os seus leitores acerca do perigo de se tornarem cúmplices nas obras infrutíferas das trevas, tendo como trevas o oposto da luz. Ou seja: tudo o que provem das trevas não procede da luz. Aliás, a luz é que torna manifesta aquilo que foi produzido em oculto.
E mais, Deus é luz e todos os que procuram fazer a vontade dEle, certamente está na luz não podendo, de modo algum, compactuar com aquilo que provém do maligno ou das trevas. 
O apóstolo Paulo faz um comparativo entre o fruto da luz e as obras das trevas, sendo as obras das trevas a impudicícia e toda sorte de impurezas ou cobiça. Continua para enumerar a conversação torpe, palavras vãs, cousas inconvenientes;  por outro lado, enumera como fruto da luz: toda bondade, justiça e verdade.
Pois bem! Estamos diante de duas possibilidades, a saber: procurar cumprir a vontade de Deus e o propósito para o qual fomos criados ou tornar-nos cúmplices nas obras das trevas que caracterizam todo aquele que nega a necessidade de buscar a presença de Deus em sua vida e, assim, andar como verdadeiro imitador dEle.
O momento está muito propício para cairmos na armadilha da cumplicidade nas obras das trevas. O consumismo desenfreado, as crises econômicas, o momento político, as propostas de "salvação da pátria", os acordos e conchavos, o egoismo e o individualismo, as "ideologias", tudo, estão escancarados à espera do incauto cúmplice. 
Os radicais do desconstrucionismo, por sua vez, não suportam ouvir acerca do que provém da luz, uma vez que, obscurecidos no entendimento, o que lhes interessa é o prazer nas coisas terrenas pelo que dispensam qualquer reflexão sobre as propostas de Deus para solução dos anseios da alma.
Assim, embarcar na cumplicidade nas obras das trevas é possibilidade que se equilibra na "corda bamba" podendo a qualquer descuido cair na cilada dos transgressores.
O apóstolo, conhecedor de tal possibilidade, no verso 17 assim o diz: 
"Por esta razão, não vos torneis insensatos, mas procurai compreender qual a vontade do Senhor". 

O momento é de reflexão. De que lado estamos? Estamos produzindo o fruto da Luz ou estamos na cumplicidade nas obras das trevas?
Espero que estejamos firmados em Deus de modo que toda a nossa obra seja digna de verdadeiros imitadores de Deus.
E que Deus nos guarde em tudo. Amém.

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