sábado, 27 de junho de 2015

Que tempo é esse?

Não me considero velho ou ultrapassado mas experiente o suficiente para fazer algumas reflexões: acabo de ver a Seleção Brasileira ser desclassificada pela Seleção Paraguaia, dando adeus à competição "Copa América" que se desenvolve em território Chileno. Há alguns anos atrás, quando a Seleção Brasileira entrava em alguma disputa oficial ou mesmo num jogo amistoso de maior relevância, o Brasil parava. Órgãos públicos e empresas privadas liberavam seus funcionários e empregados algumas horas antes do horário do jogo por amor e paixão pelo esporte que consagrou o país em todos os cantos do planeta, levando-o a ser identificado como o "pais do futebol", de tantas glórias e vitórias. Craques, na verdadeira acepção da palavra, tínhamos em todos os rincões do solo brasileiro. Daí, a paixão que nutria os brasileiros pelo esporte mais popular que tanto destacou a nação brasileira, elevando-a à categoria de pentacampeã. E hoje, será que o interesse pela Seleção Brasileira é o mesmo. Os números e pesquisas dizem que não. Aliás, os brasileiros da nova geração não dão conta de praticar o futebol que outrora assistimos. Contra fatos não há argumento. Futebol à parte, sou do tempo que o respeito pelas autoridades era coisa comum. Lembro-me das diretoras das escolas por onde passei. Elas, quando adentravam às salas de aula, tinham dos alunos toda consideração e respeito. Ficávamos de pé em reverência à sua autoridade. E ai daquele que tivesse a ousadia de conversar no instante da sua preleção. Nesse tempo, também, tínhamos muito respeito pela pátria e seus símbolos. O pavilhão nacional, a bandeira brasileira, era hasteada sob o olhar terno e fixo da meninada para depois se entoar com todo entusiasmo, mesmo que com algumas notas destoantes ou desafinadas, o hino brasileiro, sob forte emoção e arrepios. Ali, nos sentíamos importantes e a pátria era como nossa mãe a exigir respeito e devoção. As autoridades constituídas nos vários níveis de governo gozavam de mais respeito e consideração. Um prefeito, um deputado, um governador ou um presidente, em qualquer lugar, reunião ou solenidade, era destaque da maior importância. Delegados, promotores, juízes de direito, de igual forma, ostentavam o mais alto grau de respeitabilidade. Até os bacharéis, por sua vez, se destacavam entre os demais pelo conhecimento adquirido nas universidades. O pastor, o padre, o líder espiritual de um grupo de religiosos,  era a pessoa em quem seus liderados depositavam as mais altas considerações e respeito. Sou do tempo da reverência à palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Quando meu pai se encontrava na sala em momento de leitura da bíblia, individualmente ou em família, não atrevíamos jamais nos distrair com brincadeiras ou qualquer atitude considerada desrespeitosa ao momento. A leitura da Bíblia exigia a máxima reverência. O momento de culto na igreja era tido como a mais nobre e preciosa das oportunidades. Nossos pais assentavam-se nas extremidades do banco e nós, a meninada, no centro. Assim, era mais fácil supervisionar a todos. E aí daquele que se atrevesse levantar e perturbar a solenidade do culto. Mas hoje vivemos de modo bem diferente daquele tempo. E que tempo é esse? Aquele tempo não volta mais, por isso, já é tempo de parar, refletir, corrigir, resgatar valores, firmar princípios e avaliar conceitos. Por enquanto, fico com a seguinte conclusão: "Éramos felizes e não sabíamos". E que Deus tenha misericórdia de todos nós.  Para refletir: "Quando eu era filho em companhia de meu pai, tenro, e único diante de minha mãe, então ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive." Provérbios 4, versos 3 e 4


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