quinta-feira, 12 de março de 2020

O bom soldado de Cristo



A vida militar é diferenciada e tem regras e princípios próprios consagrados em lei. De forma que, aquele que deseja se inscrever na carreira militar, tacitamente se coloca sob as condições que a nova situação lhe oferece e também exige.
E, quando algum militar fere alguma regra ou princípio que norteia essa importante carreira, não o faz na ignorância, mas, sobremaneira, de forma consciente. 
Tais normas e princípios, inclusive, já foram consagrados na Lei máxima do país, a constituição, e, com especialidade, o Código Penal Militar estabeleceu determinados ilícitos. Assim é que diz no artigo 195: 

"Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo: Pena- detenção, de três meses a um ano."

Da simples leitura do texto de lei se conclui que as exigências que recaem sobre o militar são muitos mais severas do que aquelas aplicadas ao servidor civil ou cidadão comum. 

Trago essas informações à memória daqueles que compartilham comigo deste blog, por uma simples razão: 

podemos comparar, em muitos aspectos, a vida do militar de qualquer força constituída, com a vida de militância do crente salvo, redimido pelo sangue do Cordeiro, chamado das trevas para a maravilhosa luz. 

Esse crente, de igual forma, é um militante. E milita na mais alta e importante das fileiras já conhecidas, a fileira do exército de Cristo. 
A figura do soldado e sua militância, inclusive, é objeto de muitas comparações na bíblia. O apóstolo Paulo, mesmo, ao final da sua carreira afirmou 
"ter combatido o bom combate, terminado a carreira e guardado a fé", 
numa alusão ao seu ministério completo e acabado como sendo de um bom soldado de Cristo.  

Esse grande apóstolo, fiel ao seu general, Cristo, não abandonou o posto que lhe foi confiado, antes, exaustivamente, proclamou em várias oportunidades que tinha sido chamado para uma tarefa importantíssima de proclamar o Evangelho do Senhor Jesus Cristo, ainda que isso implicasse em sofrimento. Vejam que o apóstolo  ao instruir seu filho na fé, Timóteo, o concita a suportar os sofrimentos inerentes à militância de fé assim dispondo: 

“Suporte comigo os sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado se deixa envolver pelos negócios da vida civil, já que deseja agradar aquele que o alistou.” (2 Timóteo 2:3-4).
 É claro que militar na carreira cristã não é fácil. Militamos sob o comando de Cristo, o Senhor da igreja, contudo, muitas vezes, fugimos do alvo que nos está proposto e esquecemos os compromissos que um dia assumimos. 

Nesses momentos de fraqueza, nos envolvemos com as tarefas do cotidiano e, não raro, nos aborrecemos, e abandonamos a tarefa que no foi confiada, a exemplo do soldado que abandona o posto que lhe foi  designado. Em outras palavras, ferimos o código sagrado atraindo sobre nós mesmos a justa aplicação da sansão como disciplina. 

E o fazemos assim não por ignorância, mas, pelo fato de darmos pouca importância àquilo que Deus nos confiou para realizar e, por deixarmos de reconhecer que o bom soldado milita não em seu próprio favor. Ao contrário, milita em favor dos outros, para assegurar a paz e promover a sobrevivência do pelotão.

O sentinela não guarda, precipuamente, a guarita (posto) onde se encontrar em serviço, mas, da guarita (posto) vigia para que todo o quartel se ache em segurança. Afinal, é para essa tarefa que foi designado.

No exército do Senhor devemos nos guardar das constantes tentações, mas, sobretudo, devemos militar em favor de cada soldado alistado nas suas fileiras, sempre no posto, vigilantes e confiados que estamos sob as ordens do general, Cristo.

E que Deus nos permita assim prosseguir. 

Pb. Hely        

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